26 de junho de 2012

As festas de Braga e a falta de estratégica

"Correio do Minho" 23/06/2012

No passado Sábado, dia 23, o jornal Correio do Minho publicou a entrevista que Vitor Sousa, Vice Presidente da CMB e Presidente da Associação de Festas de S.João, a propósito do S.João.

A maior festa popular de Braga, que mobiliza imensa gente e que tem impacto na cidade, merece do Sr. Vice Presidente umas palavras pouco ambiciosas e com falta de uma estratégia para o desenvolvimento da Cidade.

A reter, o baixo investimento da CMB na comparticipação das festas, em troca da cedência das verbas ocupadas pelas tendas no espaço público - já se fizeram as contas para saber se isto é compensador para as festas ou para a CMB?

As tendas, estruturas de esqueleto metálico cobertas por lonas, serão reestruturadas no próximo ano - felizmente, porque as barracas são feias, não têm dignidade popular e descaracterizam as festas. Mas mais importante do que isto é reflectir na gestão do espaço e na gestão dos comerciantes que ocuparem as tendas (foi vergonhoso perceber que este ano havia tendas montadas, mas vazias - foram montadas à sorte ou estavam à espera que à última da hora viessem a ser ocupadas?)

As estruturas associativas são privilegiadas no palco das actuações porque não cobram "cachet"...curiosamente, as rusgas que desfilam na véspera recebem uma quantia (que uns podem entender ser simbólica, mas recebem); Afinal em que ficamos? (urge dizer que a "Rusga de Guadalupe" prescindiu da qualquer montante, porque para nós, o movimento foi espontâneo e serviu para nos divertirmos e ajudar a perpetuar tradições, não para ganhar dinheiro);

A relação com a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal é excelente...com quem? Com a CMB ou com a Associação de Festas de S. João?
E se são tão boas, porque é que o canal público de televisão não quer projectar a imagem das festas de Braga e porque diz o Vice Presidente da Autarquia e Presidente da Associação de Festas que não ambiciona em fazer crescer a festa?
Visão pouco ambiciosa e retrógrada, que em nada planeia projectar a cidade a partir de uma imagem de marca, o que nos leva a pensar que não há uma estratégia para dinamizar e elevar a cidade de Braga.


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